Quero começar este artigo olhando diretamente nos seus olhos e compartilhando algumas palavras de incentivo e esperança. Sei que pode ser difícil admitir, mas é importante reconhecer que muitas de nós mulheres, em algum momento de nossas vidas, nos sentimos atraídas por homens cafajestes. Essa atração pode parecer inexplicável, mas há razões profundas e emocionais que estão enraizadas em nossas experiências passadas.
A ferida do abandono é uma das mais complexas e dolorosas que alguém pode enfrentar. Ela muitas vezes tem origem na infância, quando nos sentimos deixadas de lado pelo sexo oposto. É nesse momento que nosso cérebro começa a associar o abandono com uma forma de ser amado ou amada, como se a ausência da solidão pudesse suprir todas as nossas necessidades emocionais.
Voltando a infância
Para trazer mais compreensão sobre esse assunto, gostaria de citar dois renomados autores. A primeira citação é de John Bowlby, um psicólogo britânico, que afirmou: “O abandono na infância deixa marcas profundas, que se estendem por toda a vida adulta.” Essa frase ressalta a importância de reconhecermos a origem dessa ferida emocional e sua influência em nossos relacionamentos.
Em segundo lugar, cito a psicoterapeuta americana Pia Mellody, que disse: “A ferida do abandono é uma dor profunda que nos leva a buscar parceiros indisponíveis e egoístas, alimentando nosso vício emocional.” Essa citação ressalta como o ciclo se repete, atraindo para nossa vida pessoas que não estão dispostas a nos oferecer o amor verdadeiro e o cuidado emocional que merecemos.
No entanto, quero que saiba que há esperança e uma maneira de curar essa ferida do abandono. A solução está dentro de nós mesmos. É necessário que olhemos para nossa dor, que enfrentemos o medo da solidão e que busquemos entender nossas próprias necessidades emocionais.
A cura é um processo
Curar a ferida do abandono requer uma mudança profunda de frequência, um reposicionamento em relação ao amor e aos relacionamentos. É preciso aprender a nos amar e valorizar, atraindo para nossa vida pessoas que estejam dispostas a compartilhar um amor saudável e genuíno. Como dizia o filósofo Sêneca: “A felicidade só pode ser encontrada em nós mesmos.”
Ao nos curarmos, estaremos prontas para atrair pessoas que nos valorizam e nos respeitam. Pessoas que estarão ao nosso lado de forma verdadeira, disponíveis emocionalmente e dispostas a compartilhar uma conexão profunda e duradoura.
Conclusão
Portanto, querida leitora, encorajo você a embarcar nessa jornada de cura interior. Busque terapia, leia livros sobre autodesenvolvimento, procure grupos de apoio e compartilhe suas experiências com outras mulheres. Lembre-se de que você não está sozinha nessa caminhada e que é possível superar essa ferida.
Que possamos nos libertar do ciclo vicioso do abandono e abrir espaço para um amor verdadeiro e saudável em nossas vidas. Acredite em si mesma, valorize-se e cuide do seu coração com carinho. Você merece encontrar a felicidade e um amor que seja genuíno e recíproco.